Os experimentos científicos mais perturbadores da história da humanidade = The seven creepiest science experiments

Fazer ciência para que ou para quem?

É indiscutível que a ciência tenha sido responsável por muitos passos da evolução na humanidade, mas também foi muito cruel no decorrer da história, com experimentos capazes de levantar um verdadeiro debate em torno da ética. Levando isso em consideração, trazemos nesta matéria sete desses experimentos inacreditáveis e simplesmente assustadores, e todos realizados em pleno Século XX.

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experimentos

I) Armas Biológicas da União Soviética

O programa de guerra biológica soviética começou nos anos 1920, porque o exército percebeu, depois de uma epidemia brutal de tifo, que a doença era muito mais perigosa do que a bala. Em 1946, foi construído um complexo de pesquisa biológica do exército. Dez anos depois, armas químicas e biológicas passaram a ser utilizadas em guerras. A proposta era muito cruel porque, segundo as crenças do próprio governo soviético, os melhores agentes eram aqueles para os quais não havia nenhuma cura conhecida.

Por meio disso, eles desenvolveram o maior e mais avançado sistema de guerra biológica do mundo, armazenando centenas de toneladas de antraz e dezenas de toneladas de peste e varíola para uso contra os EUA e os aliados ocidentais. Além de experimentos com animais, cientistas testaram vírus mortais nos prisioneiros das Gulags (sistemas de campos de trabalhos forçados destinados a criminosos), gerando um número expressivo de mortes muito dolorosas. O objetivo era encontrar um produto químico insípido e inodoro que não pudesse ser detectado após a morte. Em meio a esses experimentos, as vítimas ingeriam venenos que eram dados junto com uma refeição ou bebida, como uma medicação. A pesquisa também teve um grande impacto sobre os próprios pesquisadores: vários deles morreram como resultado de seus experimentos.

No livro Biohazard: A verdadeira história arrepiante do maior programa secreto de armas biológicas do mundo contado por dentro pelo homem que o conduziu, autobiografia do cazaque Ken Alibek, vemos que o primeiro vice-chefe da Biopreparat (a agência farmacêutica responsável por desenvolver e produzir armas feitas a partir de vírus, toxinas e bactérias para a União Soviética) descreve vários experimentos que foram realizados. Dentre eles, um em que cem macacos foram enfileirados enquanto eram bombardeados com gás nocivo: “Cerca de setenta e cinco metros acima do solo, uma nuvem da cor da mostarda escura começa a se desdobrar, dissolvendo-se suavemente à medida que desliza em direção aos macacos. Os macacos puxam suas correntes e começam a chorar. Alguns enterram a cabeça entre as pernas. Alguns cobrem a boca ou o nariz, mas é tarde demais: já começaram a morrer”, conforme consta no livro.

II) Unidade 731

Não foi apenas a União Soviética que utilizou armas biológicas para abater os inimigos com muita dor. Antes disso, o Japão já tinha feito esse tipo de experimento, durante a segunda guerra sino-japonesa. O estudo dos efeitos das armas biológicas em seres humanos foram desenvolvidos em um lugar chamado Unidade 731, que foi criado pelo general japonês Shiro Ishii, com autorização do Imperador Hirohito. Para registrar os limites do corpo humano quando submetido a situações extremas que poderiam acontecer no front de batalha, os japoness contaminavam propositalmente seus prisioneiros chineses com diversas doenças. Durante o funcionamento, a tática foi responsável pela morte de milhares de pessoas.

Edward Behr trouxe em seu livro, Hirohito – por trás da lenda, relatos de pessoas que trabalharam na Unidade 731. Em um deles, Ozono, que trabalhou na emissão de documentos secretos, descreve os marutas (era assim que os japoneses chamavam os prisioneiros de guerra chineses) e os experimentos realizados: “Eram vítimas de diversas formas de pesquisas: alguns eram infectados com disenteria ou injetados com tétano; outros (alguns usando máscaras, outros não) eram levados a um lugar aberto e bombardeados com cianureto; outros ainda eram enterrados em câmaras frias, a 50 graus negativos, e congelados até a morte. Outros experimentos eram ainda mais aterradores: para controlar os limites da duração humana, prisioneiros eram obrigados a carregar pesadas mochilas do Exército e marchar em círculo no clima frio da Manchúria, com quantidades mínimas de alimento e água, até morrerem de exaustão”.

III) Os gêmeos de Auschwitz

O nazismo é um dos acontecimentos da humanidade mais associados à crueldade. Os prisioneiros eram submetidos a uma série de experimentos perturbadores, e muitos deles foram administrados pelo médico alemão Josef Mengele, que chegou a morar por alguns anos em São Paulo. Mengele foi apelidado de “Anjo da Morte”, e era fascinado pela genética humana. As cobaias favorita para os seus experimentos eram os irmãos gêmeos, que eram recebidos de maneira especial pelo médico assim que chegavam no campo de concentração em Auschwitz, na Polônia. Eles recebiam até brinquedos e acomodação isolada antes que a tortura começasse.

Mengele extraía amostras sanguíneas dos gêmeos diariamente e às vezes injetava o sangue de um irmão no outro para analisar as reações. Além disso, o médico acreditava que a população de gêmeos deveria crescer, e forçava casais de irmãs gêmeas e irmãos gêmeos a ter relações sexuais. Além disso, Mengele também costumava injetar tinta nos olhos dos gêmeos visando a alteração da pigmentação da íris, o que muitas vezes ocasionava em infecção imediata ou mesmo cegueira. Quando os gêmeos já não eram mais úteis, Mengele matava, arrancava os olhos e os expunha na parede da sala.

No entanto, um dos experimentos mais cruéis do médico constituía em injetar clorofórmio no coração de dois irmãos gêmeos, fazendo com que o sangue coagulasse e os batimentos cardíacos parassem, e então ele fazia autópsias para ver se os dois órgãos tinham reações diferentes ao produto químico.

IV) Lavagem cerebral

Entre os anos 1950 e 1960, um psiquiatra chamado Ewen Cameron se concentrava em encontrar a cura para a esquizofrenia. Ele acreditava que o cérebro do esquizofrênico era capaz de ser reprogramado por meio da imposição de novos padrões de pensamento, voltando assim a ser um cérebro saudável. No hospital psiquiátrico onde ele trabalhava, o Allan Memorial Clinic, em Montreal (Canadá), Cameron realizava diversos experimentos em pacientes, esquizofrênicos ou não.

O psiquiatra fazia com que seus pacientes usassem fones de ouvido e ouvissem mensagens repetidamente durante dias ou semanas, que batizou de “condução psíquica”, mas foi rebatizado pela imprensa de “lavagem cerebral benéfica”. Alguns pacientes chegavam com doenças que não tinham nada a ver com esquizofrenia, como ansiedade, por exemplo, mas acabavam sendo sedados pelo médico e amarrados numa cama para serem submetidos à lavagem cerebral.

Cameron chegou a chamar a atenção da CIA com seus experimentos, e passou até a ser financiado por ela, mas depois de um tempo os seus testes foram considerados como um fracasso, e a verba foi cortada. Posteriormente, o próprio psiquiatra chegou a descrever sua série de experimentos como “uma viagem de dez anos pela estrada errada”. Vale ressaltar que, no final da década de 1970, os ex-pacientes de Cameron chegaram até a processar a CIA por ter financiado o trabalho do psiquiatra.

V) O cão de duas cabeças

O cientista soviético Vladimir Demikhov foi responsável por um dos experimentos mais bizarros presenciados pela humanidade, ao criar o cachorro de duas cabeças, em 1954, em um laboratório próximo a Moscou. Demikhov enxertou a cabeça, os ombros e as patas dianteiras de um filhote no pescoço de um pastor alemão.

O experimento foi responsável por causar o choque no público, principalmente porque o cientista fez questão de apresentar seu experimento para a imprensa mundial. Um ponto do caso que chama a atenção é que, na época, a União Soviética chegou a ostentar o cachorro como prova da proeminência médica do país. A proposta do cientista soviético, afinal, era descobrir uma técnica para o transplante de coração e de pulmão em seres humanos.

Demikhov seguiu criando cães de duas cabeças ao longo de quinze anos, e todos eles morriam em pouco tempo, vítimas de consequências voltadas à rejeição de tecido. O cão de duas cabeças com maior longevidade foi um que viveu pouco mais de um mês.

VI) Decapitando ratos

Carney Landis, aluno do curso de psicologia da Universidade de Minnesota, desenvolveu um experimento em 1924 cuja proposta era perceber se os sentimentos eram representados por expressões faciais específicas. Em outras palavras, o rapaz queria saber se havia uma expressão universal para demonstrar felicidade, nojo, choque, tristeza e outros tipos de emoções.

O estudante universitário recrutou voluntários para o seu experimento, que em sua maioria eram outros alunos da Universidade de Minnesota, levou-os até um laboratório e fez riscos em suas faces visando uma observação precisa dos movimentos dos músculos faciais, posteriormente submetendo-os a estímulos que envolviam colocar a mão em um balde cheio de animais pegajosos, assistir pornografia ou mesmo cheirar amônia, e registrando suas reações por meio de fotos.

O experimento passou a ficar obscuro a partir do momento em que Landis ordenou que os voluntários decapitassem um rato que era entregue vivo, em uma bandeja. A maior parte dos voluntários apresentou resistência diante da ordem, mas alguns acabaram aceitando decapitar o roedor. Em resposta aos que negavam, o próprio Landis fazia o serviço, certificando-se de registrar a expressão facial do colega em questão enquanto decapitava o rato diante dele.

VII) Criando assassinos

Carney Landis, aluno do curso de psicologia da Universidade de Minnesota, desenvolveu um experimento em 1924 cuja proposta era perceber se os sentimentos eram representados por expressões faciais específicas. Em outras palavras, o rapaz queria saber se havia uma expressão universal para demonstrar felicidade, nojo, choque, tristeza e outros tipos de emoções.

Milgram foi responsável pela seleção de alguns voluntários para fazer parte de seu experimento. Ele disse aos voluntários, no entanto, que aquilo se tratava de um experimento para verificar o efeito da punição no aprendizado de uma pessoa. O aprendiz, em questão, era um ator. A proposta era que ele deveria memorizar uma série de palavras, que seria acompanhada pelos voluntários por meio da leitura de um gabarito. Se o ator (que, para os voluntários, tratava-se de outro voluntário, já que eles não sabiam que tudo era armado) errasse uma palavra, a ordem era que dessem uma descarga elétrica nele. A cada erro, os choques (que eram secretamente de mentira) aumentariam a voltagem.

Durante o experimento, o ator errava de propósito, e os voluntários eram obrigados a aumentar a potência do choque. Em resposta, o aprendiz começava a gritar e chorar, e até implorar que o libertassem. Se os voluntários perguntassem para os pesquisadores o que deveria ser feito, eles apenas encorajavam a continuar o experimento, uma vez que a proposta de Milgram era, justamente, saber quanto tempo aquelas pessoas levariam para recusar a dar o choque no aprendiz, e se a obediência os levaria a matar alguém.

Mesmo deparados com os gritos do aprendiz, os voluntários não recuavam, e a maior parte deles continuava a dar choques até atingir a potência máxima, levando o ator a cair e ficar em silêncio, como se ele estivesse morto. Dentre as reações dos voluntários que foram registradas por Milgram, houve tremedeira, suor e até risos histéricos, mesmo que continuassem a pressionar o botão, dando a descarga no ator. O pesquisador também fez testes com pessoas que não podiam ver e nem ouvir os gritos do ator, e todos desse tipo de experimento cooperaram sem hesitação.

A conclusão do pesquisador, depois da realização dos experimentos, foi: “Eu diria, com base em milhares de pessoas que observei durante os experimentos e na minha própria intuição, que se um sistema de campos de extermínio como os da Alemanha nazista fosse implantando nos Estados Unidos, seria possível encontrar trabalhadores e encarregados pelo seu funcionamento em qualquer cidade de médio porte do país”.

Fonte: QuoraThe GuardianBBCViceGizmodoVerywellMind

Por Nathan Vieira, https://canaltech.com.br/ciencia/os-experimentos-cientificos-mais-perturbadores-da-historia-da-humanidade-145437/

A extraordinária história da mulher conhecida como ‘computador humano’ = The extraordinary story of Shakuntala Devi, the woman known as the “human computer”

A vida da indiana Shakuntala Devi, capaz de fazer cálculos matemáticos complexos em segundos, é tema de um novo filme.

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computador humano

A capacidade de Shakuntala Devi de fazer cálculos mentalmente em questão de segundos era tanta que aqueles que a conheciam costumavam descrevê-la como um “computador humano”.

Seu talento com os números lhe rendeu um lugar no Livro Guinness dos Recordes e a transformou em uma celebridade que viajou o mundo demonstrando suas proezas matemáticas em universidades, teatros, estúdios de rádio e televisão.

A vida dessa mulher indiana, que morreu em 2013, aos 83 anos, foi retratada em um filme que tem o nome dela como título e que foi lançado recentemente.

Vidya Balan, a atriz de Bollywood que interpreta a gênio dos números, a descreveu como uma “garota de uma pequena cidade indiana que conquistou o mundo”.

“Ela não teve educação formal, mas podia fazer os cálculos mais complexos em sua mente com uma velocidade surpreendente. Era mais rápida do que um computador”, disse Balan à BBC.

Para se preparar para o papel, a atriz estudou, entre outras coisas, um vídeo da rede de televisão canadense ATN em que Devi é vista perguntando para a audiência se querem que ela responda da esquerda para a direita ou da direita para esquerda.

Segundos antes, uma pessoa pediu que ela multiplicasse dois números de oito dígitos. Ela deu a resposta quase imediatamente. O vídeo foi visto mais de meio milhão de vezes desde que foi publicado, em 2013.

Dom divino

Em entrevistas, Devi disse que fazia cálculos matemáticos de cabeça “desde os 3 anos de idade”. Seu pai, um artista de circo, descobriu essa habilidade quando jogavam cartas e viu que a menina o vencia porque conseguia memorizar as dele.

“É um presente de Deus, um dom divino”, ela costumava dizer quando lhe pediam para explicar este talento extraordinário.

Ninguém em sua família tinha qualquer habilidade especial para números. “Nem mesmo remotamente, embora meu pai fosse um bruxo.”

Aos 6 anos, quando já era considerada uma criança prodígio, ela mostrou seus dotes pela primeira vez em um evento público na cidade de Mysore, no estado indiano de Karnataka, onde nasceu. Devi também aprendeu sozinha a ler e escrever.

Velocidade surpreendente

Em 1950, ao participar de um programa de televisão da BBC, deu uma resposta a um problema que não era a mesma de seu apresentador. Isso ocorreu devido a uma falha na pergunta, observou Devi. Quando os especialistas reexaminaram os números, concordaram com ela.

Em 1977, em Dallas, nos Estados Unidos, Devi venceu uma disputa com o Univac, um dos supercomputadores mais rápidos já construídos.

E ela entrou para o Guinness ao multiplicar dois números de 13 dígitos escolhidos ao acaso por um computador em frente a mil pessoas no Imperial College London. O cálculo levou 28 segundos, incluindo o tempo para falar o resultado de 26 dígitos.

Além de ser um gênio da matemática, Devi desenvolveu uma carreira alternativa como astróloga.

Ela escreveu livros sobre astrologia, culinária, matemática e crime. Também uma obra em que defendia a descriminalização da homossexualidade, que nos anos 1970 era um grande problema não apenas na Índia, mas na maior parte do mundo.

“Ela era tantas coisas. Ela vivia a vida em seus próprios termos. Ela não tinha medo, não se desculpava. E pensar que isso foi há 50 anos!”, diz Balan.

A atriz preparou seu papel assistindo a vídeos e lendo matérias sobre Devi, além de ouvir as histórias de Anupama Banerji, sua única filha, que mora com a família em Londres.

“Tudo isso me deu uma ideia sobre a vida dela. O que realmente me fascinou é que normalmente não se associa uma pessoa engraçada com matemática, e ela muda completamente essa ideia”, diz.

“Ela brincava com números, dá para ver uma espécie de alegria nela quando fazia cálculos matemáticos. Adorava atuar.”

Em um estudo de 1990, Arthur R. Jensen, pesquisador de inteligência humana da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a descreveu como “extrovertida, afável e eloquente”.

No entanto, sentia “profunda infelicidade”, disse o jornalista e cineasta Pritish Nandy. “Parte era por motivos pessoais, mas o mais importante era que tinha uma habilidade e não conseguia monetizar isso”, disse ele à BBC.

Em várias entrevistas, Devi relatou como, por ser uma criança prodígio, frequentemente sofrera pressão para ganhar dinheiro, como única fonte de renda de sua família.

E, mais tarde em sua vida, sua infelicidade foi associada a seu casamento com um homem gay que não havia saído do armário.

Balan espera que o filme seja uma forma de entretenimento em um momento em que muita gente está em casa, devido à pandemia do coronavírus.

Mas também que “traga uma mudança na forma como ensinamos matemática, que se torne mais interessante e que tire o medo que as pessoas têm desta disciplina e inspire mais pessoas a estudá-la”.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/a-extraordinaria-historia-da-mulher-conhecida-como-computador-humano,e8e5c11ba79ca6041b2787ab96cac45be8ex5xeq.html

POSSÍVEIS PISTAS DO PARADEIRO DE CLEÓPATRA SÃO ENCONTRADAS EM TEMPLO

Apesar de ser considerada uma das maiores líderes que o Egito já viu, a imponente tumba da faraó segue um mistério até hoje.

cleopata

Após 14 anos explorando o sítio arqueológico de Taposiris Magna, no Delta do Nilo, a arqueóloga Kathleen Martinez se emocionou ao encontrar duas múmias dos tempos de Cleópatra. Para a cientista, os fósseis são pistas para o paradeiro da poderosa faraó.

Morta em agosto de 30 a.C., a líder egípcia foi sepultada em uma localização desconhecida que segue um mistério até hoje. Dessa forma, a descoberta das duas múmias no templo construído para Cleópatra é de extrema importância.

Enterrados há mais de 2 mil anos, os fósseis foram encontrados em péssimo estado de conservação, já que sua tumba foi inundada em períodos de chuvas por décadas. Ainda assim, os cientistas conseguiram identificar algumas características decisivas.

Segundo Kathleen, os indivíduos encontrados faziam parte da elite egípcia durante a vida e podem até ter frequentado o círculo social de Cleópatra. Evidências mostram que ambos foram cobertos com folhas de ouro, um luxo reservado ao sepultamento de membros do alto escalão da sociedade da época.

Nesse sentido, os arqueólogos sugerem que as duas pessoas, que ainda devem ser identificadas, tinham um papel fundamental na manutenção do poder dos faraós. Eles poderiam, inclusive, fazer parte do clero.

Ainda em Taposiris Magna, um impressionante altar foi encontrado pelos cientistas. Nele, cerca de 200 moedas apresentavam o nome e o rosto de Cleópatra, mais uma pista que liga o sítio arqueológico à imponente líder egípcia.

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/possiveis-pistas-do-paradeiro-de-cleopatra-sao-encontradas-em-templo.phtml

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Saiba mais sobre a Cleópatra por meio de grandes obras disponíveis:

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O BIZARRO CANIBALISMO JAPONÊS CONTRA AMERICANOS NA II GUERRA = Japan Hears of World War II Cannibalism A Half-Century Later

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canibalismo

Dentro da série “o quanto não sabemos de fatos históricos acontecidos”, Wallacy Ferrari publica uma matéria em 09/06/2020 sobre um caso de canabalismo durante a II Guerra Mundial.

O caso surpreendeu o tribunal internacional de crimes de guerra — que nem tinha uma sentença para esse tipo de crime.

O ambiente de guerra não costuma ser o mais propício para a aplicação de valores morais e éticos; situações de sofrimento e desgaste propiciam poucos momentos de paz aos combatentes e suportes, resultando em atos extremos pelas próprias vidas. Em 2 de setembro de 1944, próximo do fim da Segunda Guerra Mundial, uma ação japonesa chocou as forças americanas pela frieza.

Durante uma batalha em Chichi Jima, uma pequena ilha há mil quilômetros ao sul de Tóquio, os soldados japoneses conseguiram abater nove aviões aliados, pilotados por americanos, que realizavam bombardeios na região. Entre pousos e ejeções, os nove pilotos caíram em território japonês sem ferramentas de comunicação.

Como de costume, os soldados japoneses comemoraram a captura de oito dos aviadores que, além de ceder todas suas ferramentas de sobrevivência, foram presos, espancados com glória e até torturados antes de suas execuções. A surpresa maior, no entanto, ocorreu dois anos depois, já com o fim da guerra.

O horror se revela

Em um julgamento sobre a execução dos aviadores da Marinha do Estados Unidos realizado em agosto de 1946, doze militares japoneses, incluindo o general Yoshio Tachibana, foram réus em um processo de crimes de guerra. Quando perguntados sobre o paradeiro dos corpos dos oficiais americanos, os onze subordinados de Yoshio relataram ‘a ordem do chefe”: um prato feito das coxas e fígado de americanos com molho de soja e legumes.

Sem nenhuma situação de fome ou necessidade extrema, o general orientou os combatentes após as execuções para se alimentarem de partes dos corpos. De acordo com a investigação americana, quatro dos oito capturados foram comidos pelos oficiais do Eixo com uma espécie de ritual para unir as tropas.

Considerado crime de guerra, o tribunal militar e internacional não poderia realizar nenhuma ação especifica contra o ato de canibalismo, mas condenou os envolvidos por assassinato e considerou a ação como uma “prevenção de enterros honrosos”. Em 1947, o caso encerrou com quatro oficiais, incluindo Yoshio, condenados a forca, mas com os outros envolvidos presos.

Um sobrevivente histórico

O mais jovem entre os 9 pilotos de aviões abatidos foi um rapaz de 20 anos que já havia sido notado pelos serviços em Pearl Harbor. Habilidoso e ágil, foi rápido durante a queda e conseguiu escapar das mãos dos soldados japoneses, fugindo pela água. O garoto em questão era George H. W. Bush, futuro presidente dos Estados Unidos.

Em entrevista à CNN, Bush explicou que errou ao ejetar muito antes da hora, diferente de todos os outros tripulantes de aeronaves da Marinha americana: “Eu puxei o cordão muito cedo. E o que aconteceu foi que bati minha cabeça na cauda do estabilizador horizontal do avião”. O erro, no entanto, fez seu pouso ser diferente de todos os outros, sendo imprevisto pelos japoneses.

O americano chegou a relatar que foi avistado por um barco do Eixo, mas ignorado após as constantes explosões causadas pelos bombardeios e ataques contra as aeronaves. Após horas nadando, um submarino americano resgatou Bush. Anos depois, já como presidente, Bush retornou a Chichi Jima e afirmou que, apesar de se sentir culpado pela morte de dois companheiros, “não é assombrado” por nenhuma memória.

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/incidente-em-chichijima-o-bizarro-canibalismo-japones-contra-americanos-na-segunda-guerra.phtml

98 Mil mapas antigos em alta resolução para download gratuito = 71 Thousand High-Res Historical Maps Available for Free Download

mapa antigo

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Nota do Blog: Não é erro! A fonte é a mesma: www.archdaily.com.br para a matéria em portugues (link completo no final da matéria) e http://www.archdaily.com para a matéria em inglês. Contudo, na versão em portugues se fala em 98 mil mapas ao tempo em que na versão inglesa se fala de 71 mil mapas.

Os amantes de história e geografia ficarão impressionados com os incríveis mapas antigos do banco de dados David Rumsey Map Collection. A página conta com mais de 98 mil mapas e imagens que abrangem um período que vai do século XVI ao XXI e ilustram a América, Europa, Ásia, África, o Pacífico, o globo como um todo e também os corpos celestes.

O conteúdo do banco de dados pode servir de base para estudos nos campos da história, arte e cartografia, e pode ser procurado por data, local, tema, autor e outras categorias. A resolução dos mapas e imagens da coleção é altíssima, oferecendo a quem acessa detalhes que são raramente enconte: rados nesse tipo de cartografia.

Explore a coleção de mapas e viagem no tempo com as cartografias antigas da David Rumsey Map Collection.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/797511/71-mil-mapas-antigos-em-alta-resolucao-para-download-gratuito?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil&kth=830,995

Uma cidade onde as pessoas plantam sua própria comida = Les Avanchets: The Swiss City that Became a Garden

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Meu “velho” pai sempre dizia que “o ser humano se viciou em comer” e, dessa forma, a variável comida do dia a dia seria, sempre, a incognita de toda essa equação. Diante disso replico aqui a matéria escrita por Natasha Olsen (https://www.archdaily.com.br/br/author/natasha-olsen) que aborda a necessidade de cada cidade, ou melhor, cada membra de cada cidade, venha a produzir o seu alimentom tomando como exemplo a cidade suíça Les Avanchets

Les Avanchets (http://zip-code.en.mapawi.com/switzerland/5/vernier/3/930/les-avanchets/1220/1639/) é uma cidade na Suíça onde a maioria das pessoas cultivam os seus próprios alimentos em hortas caseiras. Além do cultivo, a troca de alimentos também é muito comum: quem tem cenouras sobrando troca por couves ou limão e assim todos garante uma alimentação saudável e variada, sem agrotóxicos.

A saúde mental também entra nesta conta positiva, já que mexer na terra melhora significativamente o nosso bem estar e esta troca de alimentos acaba aumentando a interação social e o fortalecimento comunitário. As hortas urbanas têm se mostrado ferramenta poderosa para criar solidariedade entre vizinhos, amizades e estabelecer a economia circular.

A construção de uma cultura sustentável

agricultura urbana é um tema que tem merecido cada vez mais destaque no mundo, uma alternativa a cidades sem espaços verdes, onde o contato das pessoas com a natureza vem diminuindo cada vez mais. Mas, as raízes deste movimento são antigas.

A construção desta cultura começou com a I Guerra Mundial. Com o fim dos conflitos a Suíça e outros países da Europa, como Inglaterra, França e Alemanha, deram aos cidadãos terrenos onde pudessem reconstruir a vida, o que deu origem a muitas cidades com uma forte cultura de agricultura urbana.

Esta possibilidade apareceu principalmente em cidades e bairro periféricos. As hortas urbanas garantiram a oferta de alimentos, a saúde e a estabilidade social em muitos lugares devastados pela guerra.

E Les Avanchets manteve esta cultura forte até os dias de hoje. O cultivo de alimentos por lá é uma tradição sustentável passada de uma geração para a outra. As crianças aprendem a plantar e cultivar as suas frutas favoritas com técnicas que mesclam métodos antigos e tradicionais de plantio.

Raízes que se fortaleceram

Em muitas outras cidades, a agricultura urbanas perdeu seu espaço. Mas as pessoas de Les Avanchets  mantêm ainda hoje o equivalente a 5 mil hectares de hortas caseiras.

Este cenário foi fotografado pelo renomado ambientalista e fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand. As fotos aéreas da cidade mostram como uma alternativa às paisagens urbanas que conhecemos.

Os moradores dizem que seus jardins trazem soluções para problemas pessoais, sociais e ambientais e garantem que pretendem continuar a dedicar seu tempo livre ao plantio, atividades ao ar livre, cultivo de alimentos saudáveis sem venenos – um jeito de fortalecer a comunidade e proteger o meio ambiente.

Via CicloVivo

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/937678/uma-cidade-onde-as-pessoas-plantam-sua-propria-comida?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil&kth=830,995

As aulas de física de Richard Feynman foram disponibilizadas gratuitamente = The Feynman lectures on Physics

feynman

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Agora, qualquer pessoa com acesso à Internet e um navegador da Web pode ler uma cópia atualizada de alta qualidade das lendárias palestras de Feynman.

Richard Feynman (1918-1988) foi um dos físicos mais importantes do século 20. Americano de Nova York, ele contribuiu especialmente para o desenvolvimento do entendimento sobre a mecânica quântica, campo da física que estuda o funcionamento do Universo em escalas minúsculas, a partir de partículas atômicas e subatômicas.

Na década de 1960, Feynman ficou famoso pelas suas aulas no Instituto de Tecnologia da Califórnia, já que conseguia explicar conceitos avançados e complexos de maneira simples aos alunos do curso de graduação em física.

As 129 aulas ministradas por Feynman na instituição foram compiladas em formato de livro em 1964, e venderam mais de 1,5 milhão de cópias apenas nos Estados Unidos.

Para democratizar o acesso ao conhecimento e popularizar ainda mais o trabalho de Feynman, o Instituto de Tecnologia da Califórnia criou uma plataforma online que disponibiliza as 129 aulas do físico de maneira gratuita, transcritas em inglês. Ela pode ser acessada por meio deste link (https://www.feynmanlectures.caltech.edu/).

No ar desde 2006, a iniciativa traz as aulas de Feynman divididas em três partes: a primeira trata da mecânica clássica, formulada principalmente pelo cientista britânico Isaac Newton. A segunda aborda os aspectos do eletromagnetismo, e a terceira apresenta os conceitos da mecânica quântica existentes na época.

Além das aulas em si, a plataforma traz as anotações de Feynman para a elaboração do conteúdo, fotos oficiais tiradas pelo Instituto e as propostas de experimentos que o físico levava aos alunos.

Volume I (52 capítulos)

https://www.feynmanlectures.caltech.edu/I_toc.html

mainly mechanics, radiation, and heat

Volume II (42 capítulos)

https://www.feynmanlectures.caltech.edu/II_toc.html

mainly electromagnetism and matter

Volume III (21 capítulos)

https://www.feynmanlectures.caltech.edu/III_toc.html

quantum mechanics

Lecture Photos 1961-62

1314 flp lecture photos

(https://www.feynmanlectures.caltech.edu/#footnote)

Lecture Photos 1962-64

1729 flp lecture photos

Feynman’s Notes

611 pages of flp lecture notes

Original Course Handouts 1961-63

744 pages of flp student handouts

Quem foi Feynman

Filho de pais judeus ortodoxos, Feynman foi incentivado desde pequeno a fazer perguntas sobre como as coisas funcionam. Essa criação fez com que ele, ainda criança, soubesse como construir e consertar sistemas elétricos complexos à época – um episódio, relatado em sua biografia, envolve a criação de um sistema de alarme residencial, quando ele ainda estava no 1º grau do ensino básico.

Aos 17 anos, Feynman entrou para o MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, para estudar matemática. Por achar que a disciplina era muito abstrata, ele se transferiu para o curso de engenharia elétrica, onde também não se sentiu confortável. Por fim, ele optou por estudar física, que considerava um meio termo entre as duas ciências anteriores.

Em 1941, graduado no MIT, Feynman foi recrutado para auxiliar no desenvolvimento de um projeto secreto financiado pelo governo dos EUA. A iniciativa resultou na criação da bomba atômica que, lançada no Japão em 1945, devastou as cidades de Hiroshima e Nagasaki, matou mais de 200 mil pessoas e marcou o fim da Segunda Guerra Mundial.

No ano de 1965, Feynman ganhou o prêmio Nobel de Física ao lado de Julian Schwinger e Shin’ichiro Tomonaga, por uma pesquisa realizada em 1947, que investigava como os elétrons interagem com a luz. Esse trabalho ajudou a entender as bases da eletricidade, do magnetismo e dos raios-X.

Conhecido pelo sarcasmo e pela personalidade boêmia, o telefone de Feynman tocou na madrugada de uma noite de 1965, com um repórter dando a ele a notícia de que tinha vencido o Nobel. “Eu estava dormindo, e poderia ter descoberto isso de manhã”, foi a resposta do físico.

Feynman e a educação brasileira

Em 1949 e 1950, Feynman passou uma temporada no Brasil, dividida entre um período de descanso no Rio de Janeiro e uma série de aulas ministradas por ele no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, laboratório ligado ao atual Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

No livro “Só pode ser brincadeira, sr. Feynman!” (Intrínseca, 2019), o físico faz algumas avaliações sobre a educação brasileira.

Para Feynman, o grande problema do método de ensino adotado no Brasil estava no fato de que os alunos conseguiam decorar e recitar informações, mas não tinham muita noção do raciocínio necessário para se chegar a conclusões.

Em uma palestra que tinha a presença de oficiais do governo, Feynman propôs que a educação científica no Brasil desse aos alunos a possibilidade de se realizar experimentos e de se chegar a conclusões por meio de tentativa e erro, em vez da simples memorização de fórmulas e resultados.

O físico conta que posteriormente descobriu que sua palestra não foi recebida com entusiasmo pelos oficiais brasileiros, que viam nele um cientista ingênuo que poderia trazer problemas para os jovens.

Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/12/24/As-aulas-de-f%C3%ADsica-de-Richard-Feynman-disponibilizadas-gratuitamente; e, https://www.feynmanlectures.caltech.edu/

E A Praga Foi Interrompida…

cs lewis

Antes de iniciarmos a leitura dessa fantástica reflexão, deixe-me pontuar duas verdades:

  1. Coelhos não poem ovos (nem pensar os machos); e,
  2. Muito menos são de chocolates!

Talvez seja a celebração mais desvirtuada. Ouso em dizer que mais do que mesmo o real significado do Natal.

Ademais, a Páscoa é a única festa antigo testamentária celebrada na era cristã. A única festa judaica  que os cristãos deveriam celebrar, sem presença de coelhos, ovos e chocolates.

Páscoa é liberdade! Seja a de cunho físico (éramos escravos e agora somos livres) seja de cunho espiritual.

Feitas essas considerações, transcrevo aqui o que a Julia Blum (https://blog.israelbiblicalstudies.com/julia-blum/) de forma inspirada já escreveu por todos nós.

A Segunda Páscoa?

Tempos difíceis estão chegando, meus queridos leitores e, como todo mundo, estou procurando as respostas. As palavras que repercutem na minha cabeça hoje em dia são as de Números 16: “E a praga foi interrompida e mesmo que eu conheça muito bem a palavra Hebraica – עָצַרatzár (interrompida), usada aqui, eu ainda fui abençoada por ler em meu programa Bíblico a lista de todos os possíveis significados bíblicos dessa palavra:

1 Restringir, segurar, fechar, paralisar, reter, refrear, ficar, deter, interromper, parar ficar restrito, estar suspenso, ficar sob restrição.

Restringir, segurar, fechar, paralisar, reter, refrear! é exatamente disso que precisamos hoje, não é? Mas como aconteceu então? Como a praga foi interrompida? Vamos estudar este capítulo juntos e tentar entender exatamente o que Deus nos diz hoje. C.S. Lewis escreveu: “o sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo“. Nesse caso, sem dúvida Deus está falando muito alto hoje em dia então vamos tentar entender o que Ele está nos dizendo.

Antes de passarmos para o livro de Números, gostaria de compartilhar algumas ideias. Eu preciso emitir um aviso muito serio: isto não é uma profecia! Para mim, pessoalmente, foi uma revelação poderosa e é por isso que gostaria de compartilhá-la com vocês, mas não há como fingir conhecer a “verdade definitiva”.

Como vocês, tenho mais perguntas do que respostas, mas só quero chamar sua atenção para dois fatos óbvios.

O primeiro é o “quando” da praga – o momento -. O Coronavirus está acontecendo exatamente antes da Páscoa (este ano, a Páscoa começa em 8 de abril) – exatamente no momento em que as pragas no Egito estavam acontecendo -. Estamos testemunhando uma segunda Páscoa? Em nossa vida anterior, antes do corona (que parece tão remota para nós agora, embora tenha sido apenas algumas semanas atrás), estávamos muito conscientes – e alarmados – com o crescente anti-semitismo no mundo. Será que o Deus de Israel está em pé atrás de Seu povo? Será que Ele está usando essa praga para «despertar um mundo surdo» e afastar dele o ódio ao Seu povo? É claro que também há Coronavírus aqui em Israel, e nossas vidas aqui se tornaram tão assustadoras e surreais quanto em qualquer outro lugar: ruas vazias, lojas fechadas, multidões de pessoas mascaradas esperando antes da entrada de supermercados etc. no entanto, a Páscoa que se aproxima me faz pensar repetidamente nas pragas Egípcias: o povo do Egito percebeu que a questão era sobre os Hebreus – que eles eram a chave dessa história? – O povo Judeu é sempre a chave para o plano e o coração de Deus – e não posso deixar de pensar que, de alguma forma, Israel é uma das chaves para desvendar a história de hoje. Mas, mais uma vez, isso não é uma profecia, posso estar errada estou simplesmente compartilhando meus pensamentos e sentimentos pessoais com vocês.

Ainda mais significativo – e menos óbvio – é um segundo fator que eu gostaria de chamar sua atenção: o “onde” da praga. Se considerarmos quais países foram os mais atingidos (fora da China), percebemos que essa topografia pode não ser por acaso e pode muito bem ter a ver com a atitude desses países – no passado ou no presente – em relação ao Seu povo. Confie em mim, o sofrimento das pessoas simples nesses países parece tão injusto e incompreensível para mim quanto parece para vocês mas esses são fatos tristes, mas verdadeiros, e estou apenas tentando decifrar a mensagem de Deus por esses fatos. Mais uma vez, posso estar errada. Mais uma vez, meu coração se entrega a todo sofrimento, seja qual for o país de origem – e como vocês (e como Abraão na Bíblia) -, estou perguntando a Deus como é possível que pessoas inocentes estejam sofrendo e morrendo por causa dos pecados dos outros. Mas os números estão aumentando e esses são os fatos e não apenas meus pensamentos pessoais.

Entre mortos e vivos

E agora, vamos abrir Números 16. Suponho que muitos de vocês conhecem a história de Coré e sua rebelião como “levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões de renome” [Número 16:2]. Vocês provavelmente se lembram “que a terra, debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca, e os tragou” [Números 16:31-32]. O que acho muito interessante neste capítulo, porém, é o fato de que não foi logo após a rebelião de Coré que a praga começou: como punição por essa rebelião, quase 250 pessoas, juntamente com suas famílias, foram engolidas pela terra – e a história parecia ter terminado -. Mas foi no dia seguinte, quando “toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão, dizendo: Vós matastes o povo do SENHOR, porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga”O que deixou Deus tão zangado?

Não há comentários melhores sobre as Escrituras do que as próprias Escrituras, portanto, em busca de uma explicação, vamos considerar outra história bem conhecida: quando Moisés viu o povo pecando com o bezerro de ouro, “acendeu-se-lhe a ira” [Êxodo 32:19.] e ele  quebrou as tábuas que Deus lhe deu. Sabemos que Deus não apenas não o repreendeu por fazer isso, mas Ele próprio ficou tão zangado que Ele queria destruir o povo. A conclusão óbvia: Deus fica zangado quando algo que não é Seu, é chamado pelo Seu nome. E é exatamente o que acontece na história de Números: quando os Israelitas chamam aquelas pessoas que se rebelaram contra Moisés (e, ao fazê-lo, se rebelaram contra o Deus de Moisés), “povo do Senhor – grande indignação saiu de diante do SENHOR – «já começou a praga» [Números 16:46].

14.700 pessoas morreram desta praga. Mas como a praga foi interrompida? Lemos que Arão colocou fogo e incenso em seu incensário e «correu para o meio da assembleia… e fez expiação pelo povo» [Números 16:46-47]. E aqui está o versículo-chave que venho ouvindo na minha mente desde que tudo começou: “Pôs-se em pé entre os mortos e os vivos; então a praga foi interrompida” [Números 16:48].

Amigos, não estou tirando conclusões aqui – afinal, não cabe a mim -. Eu quero saber, no entanto, como a praga pode ser interrompida. Vamos pensar juntos e buscar as respostas juntos; convido vocês a compartilhar aqui seus comentários e seus pensamentos. Talvez, juntos, entenderemos como a praga foi interrompida.

Assim, aproveite em excepcional momento de isolamento social para refletir, em família, o real significado da Páscoa.

Fonte: https://blog.israelbiblicalstudies.com/pt-br/jewish-studies/e-a-praga-foi-interrompida/?cid=32526&adgroupid=-1&utm_source=js-blog-posts&utm_medium=email_marketing&utm_campaign=bib_pt_eml_js_posts_2016-07-14_32526

O tesouro escondido pelos nazistas e encontrado por acaso em mina por soldados dos EUA = The treasure hidden by the Nazis and found by chance in a mine by US soldiers

ouro alemão

[To read in English, please type: https://www.time24.news/b/2020/02/the-treasure-hidden-by-the-nazis-and-found-by-chance-in-a-mine-by-us-soldiers-02-14-2020.html%5D

Nesse período de quarentena mundial induzida ou forçada trago mais uma história pouco conhecida, escrita por Gabriel Bonis (De Berlim para a BBC News Brasil) e publicada no dia 14 de fevereiro de 2020 pela BBC News Brasil (BBC News Brasil).

Em fevereiro de 1945, a ofensiva das tropas aliadas avançava rapidamente pelo território alemão. Àquela altura, o regime nazista estava diante de uma derrota inevitável. E, há 75 anos, o fim da Segunda Guerra Mundial se aproximava. Mas antes desse desfecho, o Terceiro Reich ainda sofreria mais um baque.

Soldados dos Estados Unidos, que se aproximavam do estado da Turíngia — enquanto o Exército Vermelho da União Soviética fechava o cerco a Berlim pelo leste — fizeram uma surpreendente descoberta: uma mina no vilarejo de Merkers onde os nazistas esconderam mais de 100 toneladas de ouro, metais preciosos e obras de arte de valor imensurável.

Os nazistas saquearam uma quantidade imensa de ouro e moeda de bancos centrais de países europeus durante o conflito, além de itens valiosos de prisioneiros de campos de concentração. Esses recursos foram usados para comprar materiais para a guerra.

“Uma parte significativa dos valores armazenados na mina de Merkers veio do saque de judeus alemães e europeus, bem como do saque dos territórios ocupados. Grande parte dos objetos de valor roubados dos prisioneiros dos campos de concentração foram escondidos diretamente nos campos”, afirma à BBC News Brasil Annemone Christians, pesquisadora do Departamento de História da Universidade Ludwig Maximilians.

“Não se pode dizer com certeza que a maior parte do ouro foi saqueada, mas há indícios de que sim. Um problema ao tentar fazer essas contas é que os alemães frequentemente fundiam ouro saqueado e depois rotulavam-no em barras como se fosse alemão para disfarçar suas origens”, completa Greg Bradsher, arquivista sênior da Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA.

Fuga da capital

O tesouro encontrado pelos aliados acabou em Merkers (a cerca de 350 quilômetros de Berlim), na Turíngia, após intensos bombardeios aéreos na capital alemã. Em 3 de fevereiro, aviões americanos lançaram quase 2,3 mil toneladas de bombas na cidade.

O episódio causou a quase demolição do Reichsbank, o banco central do país naquele período, destruindo, entre outras coisas, as máquinas de imprimir moeda.

Foi então que as autoridades nazistas decidiram mover suas reservas de Berlim para um local seguro, a fim de proteger recursos cruciais para a guerra. Esse tipo de remanejamento para outras partes da Alemanha ocorria ao menos desde 1943.

Àquela altura do conflito, o governo havia requisitado minas de sal e potássio espalhadas pelo país. “O transporte de ouro, moeda estrangeira e tesouros de arte para Merkers deve ser visto como uma medida incomum para proteger esses objetos de valor do Exército americano que se aproximava naquele ponto crucial da guerra”, afirma Christians.

“No entanto, era comum durante a guerra usar grandes minas de sal e potássio para armazenar materiais e continuar a produção de armamentos no subsolo por causa do aumento de bombardeios (dos aliados)”, completa a pesquisadora.

“Apenas alguns bunkers foram usados, principalmente as gigantescas torres de Flak em Berlim. As reservas de ouro foram armazenadas em bancos até serem transferidas para Merkers. O mesmo vale para papel-moeda e outros objetos de valor”, diz Bradsher.

Em 11 de fevereiro, parte das reservas de ouro alemãs foram levadas de trem para Merkers. Alguns bens saqueados de prisioneiros de campos de concentração também tiveram o mesmo destino, incluindo jóias, ouro, prata, diamantes, dinheiro e outros metais preciosos.

Segundo o Arquivo Nacional dos EUA, 1 bilhão de reichsmarks (a moeda alemã da época) em reserva monetária e uma “quantidade considerável de moeda estrangeira” acabaram em um cofre no chamado Quarto nº 8 da mina.

Em março de 1945, obras de arte dos mais importantes museus de Berlim foram alocadas na mesma mina. Os nazistas enviaram também especialistas para cuidar desses objetos.

Um tesouro perdido

Conforme as tropas dos EUA se aproximavam de Merkers, os oficiais do Reichsbank decidiram trazer as reservas e as obras de arte de volta para Berlim. Em 1º de abril, contudo, havia pouca esperança de que conseguiriam fazê-lo.

Os americanos já estavam muito próximos e as ferrovias locais, parcialmente fechadas. “Os alemães não tinham os meios logísticos, especialmente trens. E mesmo se tivessem, estariam bastante limitados quanto aos lugares para onde o ouro poderia ser levado, pois as tropas americanas e soviéticas se aproximavam da Turíngia pelo oeste, leste e sul”, diz Bradsher.

Em 2 de abril, oficiais do banco central tentaram ao menos recuperar parte do dinheiro guardado no local. Com a ajuda de trabalhadores poloneses e caminhões, foi possível retirar cerca de 200 milhões de Reichsmarks e 50 pacotes de moedas estrangeiras da mina.

Em 4 de abril, o Terceiro Batalhão do 358º Regimento de Infantaria, 90ª Divisão de Infantaria, 3º Exército tomou Merkers. E nos dois dias seguintes, as tropas interrogaram deslocados internos que mencionaram movimentos recentes do Reichsbank para transportar ouro de Berlim até a mina.

Ordens foram dadas para guardar o local com metralhadoras pesadas e tanques leves.

Na manhã de 7 de abril, os americanos entraram na mina com um fotógrafo. No fundo do poço principal de 640 metros de profundidade, havia um cofre bloqueado por um muro de tijolos de quase 1 metro de espessura. No centro da parede, uma pesada porta de aço com fechadura era o último obstáculo para a captura do tesouro.

Usando explosivos, os americanos conseguiram acessar o conteúdo do imenso Quarto nº 8, que tinha aproximadamente 22 metros de largura por 45 de comprimento, com um teto de quase 4 metros de altura.

Lá, encontraram mais de 7 mil bolsas empilhadas em 20 fileiras, marcadas e seladas. No fundo da mina, havia um pequeno lote de sacolas, baús e caixas cujos conteúdos pareciam ter sido enviados de campos de concentração.

O inventário final incluía, entre outras coisas, 3.682 bolsas e caixas da moeda alemã, 80 bolsas de moeda estrangeira, 4.173 bolsas com 8.307 barras de ouro, 55 caixas de barras de ouro, 3.326 bolsas de moedas de ouro, 63 bolsas de prata, 1 sacola de barras de platina, 8 sacolas de anéis de ouro e 207 sacolas e contêineres de saques de campos de concentração. Havia ainda 45 caixas com obras de arte.

A mina até recebeu a visita do então general Dwight D. Eisenhower, que seria eleito presidente dos EUA em 1953.

Apesar de ser uma descoberta significativa, incluindo o busto de Nefertiti e obras de Rembrandt e Dürer, argumenta Christians, o valor econômico real da captura era menor.

“O governo nazista espalhou reservas de ouro, moeda e ativos valiosos em diversas contas, armazenando-o em numerosos lugares, bancos e agências do Reichsbank. O ‘tesouro’ da mina Merker representava uma parcela pequena dos ativos financeiros alemães.”

“Já que o ouro foi transferido de Berlim para Merkers, os alemães não estavam mais em posição, tanto logística como diplomática, de usá-lo para compras no exterior. Na verdade, já era assim mesmo antes da transferência. Parece que essa captura não teve impacto no resultado da guerra, que terminou quatro semanas depois”, complementa Bradsher.

O destino do ouro

Entre 14 e 16 de abril, os americanos transferiram os itens encontrados na mina de Merkers para a filial do Reichsbank em Frankfurt. A intenção era mover tudo o mais rápido possível, antes que as tropas soviéticas chegassem. Conforme acertado na Conferência de Yalta, aquela área ficaria sob comando soviético após o fim da guerra.

Mas esse não é o fim do história.

Em agosto de 1945, o Departamento do Tesouro dos EUA e o Banco da Inglaterra concluíram que as barras e moedas de ouro e prata capturadas tinham valor estimado em mais de 262 milhões de dólares.

As moedas estrangeiras foram enviadas aos seus locais de origem. O ouro foi devolvido aos países saqueados por meio de um fundo especial para reparação dos aliados, mas parte desse processo foi concluído apenas em 1996. Uma parcela do ouro também foi usada para indenizar sobreviventes do Holocausto.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/o-tesouro-escondido-pelos-nazistas-172817944.html?soc_src=community&soc_trk=ma

AS BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS QUE ATERRORIZAVAM TROPAS NAZISTAS = The night witches: The all-female World War II squadron that terrified the Nazis

To read in English, please type: https://allthatsinteresting.com/night-witches-ww2

Recentemente recebi um grande elogio de um amigo quando disse: “de onde você extrai tantas fantásticas histórias desconhecidas”? Bem, aqui vai mais uma! Replico abaixo essa interessante (e desconhecida) história, escrita por Victória Gearini, cuja fonte encontra-se no final da matéria.

A obra As Bruxas da Noite, da jornalista italiana e escritora renomada Ritanna Armeni, conta a verdadeira história das aviadoras soviéticas que defenderam sua pátria durante a Segunda Guerra Mundial e foram responsáveis pelos bombardeios que atingiram e mataram tropas alemãs.

Recém lançada pela Editora Seoman, a obra reconstrói a trajetória das aviadoras do 588º Regimento de Bombardeio Aéreo Noturno Soviético, que, ao todo, realizaram mais de 23 mil vôos noturnos em 1100 noites de intensos ataques.

Para escrever sua narrativa, Ritanna Armeni entrevistou a última aviadora viva, Irina Rakobolskaja, hoje com 96 anos. A jornalista deixa bem claro em sua obra a importância dessas mulheres durante as batalhas contra o Terceiro Reich.

Segundo Irina Rakobolskaja, apesar de sentirem frio e medo, a coragem e o amor pela Rússia eram maiores. O apelido de Bruxas da Noite lhes foi atribuído pelos alemães, pois se sentiam ameaçados por essas mulheres. Elas sempre atacavam os nazistas durante a noite e com os motores desligados, com o intuito de não chamarem a atenção.

No entanto, o declínio dessas profissionais e seus sumiços na História se deve ao machismo da sociedade. “Vocês são as mulheres mais bonitas do mundo – diz certo dia o comandante Vershinin a Irina -, e o fato de os alemães as chamarem de bruxas da noite as torna ainda mais preciosas”, relato de Irina Rakobolskaja.

Ritanna Armeni busca reconstruir a história das Bruxas da Noite, pois segundo a autora, a sociedade nunca deveria ter apagado as memórias destas guerreiras. Além disso, a obra discute a estrutura machista e soberana da antiga União Soviética.

1. Bruxas da Noite: A História não Contada do Regimento Aéreo Feminino Russo Durante a Segunda Guerra Mundial, de Ritanna Armeni (2019) – https://amzn.to/33GMJRT

2. Due pacifisti e un generale (Edição Italiana), de Ritanna Armeni e Emanuele Giordana (2011) – https://amzn.to/2LvwMYD

3. Lo squalo e il dinosauro (Edição Italiana), de Ritanna Armeni (2012) – https://amzn.to/2rLjBeW

4. Inês Armand – O Grande Amor de Lenine, de Ritanna Armeni (2017) – https://amzn.to/2DKsmsd

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/historia-livro-bruxas-da-noite.phtml