PAPIRO DE 3,5 MIL ANOS É O MAIS ANTIGO A DETALHAR MUMIFICAÇÃO NO EGITO = Papyrus Manuscript Dating Back 3,500 Years Holds the Oldest Guide to Mummification

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Aos fascinados por arqueologia, segue mais uma interessante e intrigante matéria (tempo estimado de leitura: 2 minutos). Manuscrito estudado por especialistas da Universidade de Copenhaguen e do Museu do Louvre revela ingredientes utilizados no processo, em especial aqueles aplicados na face

Entre as figuras mais emblemáticas da cultura do Egito Antigo estão as múmias. Apesar disso, poucos são os detalhes conhecidos sobre a mumificação, considerada uma arte sagrada. Estudiosos acreditam que apenas alguns egípcios possuíam conhecimento do processo e que a tradição era transmitida oralmente.

Até pouco tempo atrás, somente dois textos sobre mumificação haviam sido identificados e, por isso, egiptólogos da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, ficaram surpresos ao encontrarem, em escritos voltados principalmente para fitoterapia e inchaços da pele, um pequeno manual sobre embalsamamento.

SAIBA MAIS

Por ter sido descoberto em uma parceria com o Museu do Louvre, em Paris, o manuscrito foi nomeado como Papiro Louvre-Carlsberg. Ele é datado de aproximadamente 1450 a.C, sendo o mais antigo sobre mumificação já descoberto. “Muitas descrições sobre técnicas de embalsamamento encontradas nesse papiro foram deixadas de fora dos dois escritos mais recentes e elas são extremamente detalhadas”, diz, em nota, Sofie Schiødt, egiptóloga à frente da investigação. “O texto parece ter sido feito para especialistas que precisavam lembrar detalhes, como receitas de unguentos e usos de vários tipos de bandagens”, afirma.

O processo de embalsamamento era realizado perto do túmulo e dividido em dois períodos principais, cada com com 35 dias: secagem e embrulhamento. Durante a primeira etapa, o corpo era purificado e os órgãos, removidos. No quarto dia, ocorria o tratamento com natrão seco. A segunda fase tinha como objetivo envolver o corpo em ataduras e substâncias aromáticas. Com os embalsamadores trabalhando a cada quatro dias, a múmia estava pronta no 68º dia e, então, era colocada no caixão, momento sucedido de outras atividades que preparavam o indivíduo para a vida após a morte.

“Um ritual de procissão marcava esses dias em que era celebrado o progresso de restauração da integridade corporal, somando 17 procissões durante o processo de embalsamamento. Nos intervalos de quatro dias, o corpo era coberto com tecido e com palha infundida com aromáticos para afastar os insetos e necrófagos”, detalha Schiødt.

Para a pesquisadora, uma das informações mais interessantes retiradas do papiro está relacionada ao ato de embalsamar o rosto da pessoa morta. “Nós conseguimos uma lista de ingredientes de um medicamento que consistia principalmente em substâncias aromáticas de base vegetal e aglutinantes que eram cozidos em um líquido, com os quais os embalsamadores revestiam um pedaço de linho vermelho. O tecido era, então, aplicado no rosto do cadáver a fim de envolvê-lo em um casulo protetor fragrante e antibacteriano. Este processo era repetido em intervalos de quatro dias”, explica.

Apesar desse procedimento nunca ter sido identificado em pesquisas, egiptólogos já haviam examinado várias múmias do mesmo período do Papiro Louvre-Carlsberg e notaram que os rostos estavam cobertos de tecido e resina – características que correspondem aos elementos mencionados no manuscrito. 

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2021/03/papiro-de-35-mil-anos-e-o-mais-antigo-detalhar-mumificacao-no-egito.html

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