Brasileira recebe mesmo reconhecimento que Einstein, Mandela e Darwin

Angela Villela Olinto, física de astropartículas e professora da Universida de Chicago, durante aula (Universidade de Chicago/Reprodução)

física de astropartículas e professora da Universidade de Chicago, Angela Villela Olinto, tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciênciastítulo que a coloca ao lado de nomes como Albert EinsteinMartin Luther KingWinston ChurchillNelson MandelaCharles Darwin e muitos outros.

Já na mesma semana, Olinto integrou a Academia Nacional de Ciências, que, só neste ano, elegeu 120 membros, sendo 59 mulheres – o maior número já eleito em um único ano. Em entrevista à EXAME, a professora conta sobre seus projetos com a Nasa e sua liderança no novo campo de astropartículas.

Quem é Angela Olinto?

Olinto é formada em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e é doutorada em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. “Na faculdade me interessei por física de partículas e, no doutorado, pela astrofísica. Do pós-doutorado em diante, me dediquei a construir este novo campo que reúne as duas áreas de meu interesse anterior”, diz Olinto sobre seu interesse pelas astropartículas.

A especialista é considerada líder no novo campo da “física das astropartículas”, que são partículas que compõem ou interagem com a matéria, como os núcleos atômicos e os neutrinos, que vêm de fontes astrofísicas distantes do sistema solar.

De acordo com Olinto, as possíveis fontes das astropartículas incluem “buracos negros supermassivos, galáxias com formação intensa de estrelas, estrelas dissociadas por buracos negros e colisões que produzem ondas gravitacionais”.

“O termo “física das astropartículas” representa a aliança interdisciplinar entre a astrofísica e a física de partículas. Estudando as astropartículas, entendemos mais sobre as leis fundamentais da natureza”, diz Olinto.

Ao longo da carreira, Angela fez contribuições teóricas e experimentais sobre astropartículas, incluindo pesquisas sobre o estudo da estrutura das estrelas de nêutrons, teoria inflacionária, origem e evolução dos campos magnéticos cósmicos, natureza da matéria escura e a origem das partículas cósmicas de maior energia, como raios cósmicos, raios gama e neutrinos.

Projetos com a Nasa

Em conjunto com a Nasa, Olinto é responsável pela pesquisa de diversos projetos, entre eles o EUSO-SPB (“Observatório espacial do universo em um balão de superpressão”, em português), um balão de alta pressão que viaja numa altitude de 33 quilômetros. Com previsão de voo para 2023, seu objetivo é detectar raios cósmicos de ultra alta energia. 

Outro projeto é a futura missão espacial chamada POEMMA (“Sonda dos multi-mensageiros astrofísicos extremos”, em português). “O projeto foi desenhado pelo meu time internacional de quase 80 investigadores para uma missão dedicada a estudar as astropartículas mais energéticas, os raios cósmicos e neutrinos ultra energéticos, e descobrir as suas fontes e interações”, conta Olinto. Se aprovada para construção e voo, a missão espacial ocorrerá ainda no final desta década.

O que são as academias de ciências?

Fundada em 1780, a Academia Americana de Artes e Ciências homenageia e reúne líderes de todos os campos da atividade para ressaltar novas ideias, abordar questões de importância nacional e mundial e trabalhar em conjunto. Seus estudos ajudam na pesquisa e análise nos setores da política, ciência, tecnologia, segurança global, assuntos internacionais, política social, educação e ciências humanas.

Já a Academia Nacional de Ciências é uma instituição privada sem fins lucrativos, que foi estabelecida sob uma carta do Congresso assinada pelo presidente Abraham Lincoln em 1863. Ela reconhece a conquista em ciência por meio de uma eleição do conselho, e – ao lado da Academia Nacional de Engenharia e da Academia Nacional de Medicina – fornece conselhos e pesquisas sobre ciência, engenharia e saúde para o governo federal e outras organizações.

Sobre se tornar membro das duas academias em menos de uma semana, Olinto descreve a experiência como “muito emocionante”. “É uma imensa honra ser membro de uma destas duas instituições históricas, as academias mais importantes na ciência nos Estados Unidos. Sou privilegiada por ter seguido perguntas inspiradoras sobre o nosso universo, e ter construído parcerias e colaborações brilhantes no caminho. É uma grande alegria ser reconhecida pelos meus colegas cientistas, especialmente em um ano tão desafiador”, diz Olinto.   

Para mulheres brasileiras como Olinto que podem ter interesse no ramo científico, a física deixa a mensagem: “A beleza da ciência, como da arte, é, ou deveria ser, acessível a todos nós. Se esta beleza te inspirar, não deixe ninguém dizer que não é para mulheres. Leia, estude, aprenda com sinceridade e tenha respeito pela beleza complexa da área que escolher. Seguindo a sua intuição, dedicação e convicção, você pode ir muito longe. Como numa escalada, se focar no caminho a frente, quando chegar no alto pode olhar para trás com orgulho da escalada cumprida.”

Fonte: https://exame.com/ciencia/brasileira-recebe-mesmo-reconhecimento-que-einstein-mandela-e-darwin/

Concreto sem cimento revoluciona construção civil e protege o ambiente = Concrete without cement

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Concreto sem cimento

Pesquisadores japoneses desenvolveram um novo método de produção de concreto – sem usar cimento.

Eles ligaram diretamente as partículas de areia por meio de uma reação simples em álcool, na presença de um catalisador.

Se puder ser escalonada economicamente do laboratório para a indústria, a descoberta tem potencial para mudar não apenas todo o setor de construção civil, mas também reduzir drasticamente as emissões de carbono originadas da produção de cimento.

O material de construção mais utilizado hoje no mundo é o concreto, que é uma mistura de agregados (areia e brita), água e cimento. E a produção de cimento responde por 95% da pegada de CO2 do concreto – para cada quilograma de cimento produzido, 0,7 kg de CO2 são liberados para a atmosfera.

Além disso, apesar de haver uma grande quantidade de areia no mundo, a disponibilidade de areia para a produção de concreto é bastante limitada porque as partículas de areia devem ter uma distribuição de tamanho específica para fornecer fluidez ao concreto – não dá para usar a areia do Saara para fazer concreto usando cimento, por exemplo.

Assim, uma nova abordagem para produzir concreto, sem usar cimento, e a partir de materiais inesgotáveis, pode ser revolucionária.

Substituto do cimento

Yuya Sakai e Ahmad Farahani, da Universidade de Tóquio, fizeram um paciente trabalho de alquimia para encontrar um composto que conseguisse unir os grãos de areia sem precisar do cimento.

Eles acharam o candidato ideal no tetraalcoxissilano, um composto capaz de induzir um processo conhecido como transição sol-gel – o resultado final é um gel.

“Os pesquisadores podem produzir tetraalcoxissilano a partir da areia por meio de uma reação com álcool e um catalisador por meio da remoção da água, que é um subproduto da reação. Nossa ideia era deixar a água para fazer a reação alternar reversivelmente de areia para tetraalcoxissilano, para unir as partículas de areia entre si,” explicou Sakai.

Parece simples, mas a ideia foi apenas o primeiro passo da alquimia.

Os pesquisadores colocaram um copo feito de folha de cobre dentro de um reator com areia, álcool e os silanos, e então variaram paciente e sistematicamente as condições de reação: Quantidades de areia, de álcool, do catalisador e dos agentes de desidratação, além da temperatura de aquecimento e do tempo de reação.

Segundo eles, obter um produto com resistência suficiente para funcionar como concreto envolveu principalmente encontrar a proporção certa de areia, silanos e álcool.

“Nós obtivemos produtos suficientemente fortes com, por exemplo, areia de sílica, contas de vidro, areia do deserto e areia da Lua simulada,” contou Farahani. “Essas descobertas podem promover um movimento em direção a uma indústria de construção mais verde e econômica em todos os lugares da Terra. Nossa técnica não requer partículas de areia específicas usadas na construção convencional. Isso também ajudará a resolver as questões de mudança climática e desenvolvimento espacial.”

Construções mais duráveis, aqui e no espaço

Como a nova técnica não depende do formato das partículas de areia, ela pode permitir construir edifícios e estruturas em regiões desérticas – até mesmo na Lua ou em Marte.

Além disso, embora a equipe não tenha realizado testes de resistência, eles acreditam que o concreto sem cimento pode ter uma durabilidade melhor do que o concreto convencional porque a pasta de cimento comum é relativamente fraca contra o ataque químico e apresenta grandes variações de volume devido à temperatura e umidade, o que faz o concreto trincar e rachar com facilidade.

Bibliografia / Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=concreto-sem-cimento-revoluciona-construcao-civil-protege-ambiente&id=010160210420#.YJG8ztVKjIU

Artigo: Production of Hardened Body by Direct Bonding of Sand Particles
Autores: Yuya Sakai, Ahmad Farahani
Revista: Seisan Kenkyu
Vol.: 75

Turbina eólica sem pás portátil para espaços urbanos, pode revolucionar a geração da energia renovável no mundo

Energia eólica: Turbina sem pás (ou hélices) portátil é a mais poderosa e segura da história e indicada em ambientes urbanos, seguro para crianças, animais de estimação, selvagens e aves

Uma startup americana de Salt Lake City, a Halcium (https://www.halcium.com/), tem um projeto que pode revolucionar a geração da energia renovável no mundo para residências. A mini turbina eólica sem pás (ou hélices) portátil, chamada PowerPod, foi desenvolvida para funcionar em espaços urbano. Segundo seus criadores, é a turbina eólica mais poderosa e segura da história e promete ser mais barato que painéis solares.

A mini turbina eólica sem pás (ou hélices) portátil tem o custo menor do que os painéis solares, com uma eficiência maior quando usada em áreas com menos de 300 dias de sol por ano, de acordo com os idealizadores.

A PowerPod de 1 kW tem potencial para produzir 3 vezes mais energia do que uma turbina convencional. A potência extra se deve a um avançado sistema de pás na chainstay, que aumenta a velocidade do vento em 40%.

Existe ainda a possibilidade de conectar a mini turbina eólica a sistemas solares, somando uma uma fonte diversificada de energia que pode ser importante em dias com menos sol.

A turbina eólica sem pás (ou hélices) portátil pode ser instalada em telhados, muros, no topo de edifícios, motor homes ou qualquer superfície

Ao desenvolver uma turbina eólica sem pás (ou hélices) portátil, a startup queria criar um dispositivo que se encaixasse perfeitamente no espaço urbano, podendo ser instalado em telhados, muros, no topo de edifícios ou mesmo em motor homes ou qualquer superfície segura para gerar eletricidade.

O fluxo de ar é coletado na parte externa da bainha e então concentrado em uma lâmina circular, que está completamente contida dentro do equipamento. Devido ao seu formato, a casca externa pode receber o vento de qualquer direção ou de correntes de ar vindas de diferentes direções, simultaneamente, o que é perigoso para o funcionamento de turinas eólicas tradicionais.

O design do dispositivo consegue aumentar a velocidade do vento, reduzindo a necessidade de se instalar o PowerPod em postes altos. Com isso elimina-se a necessidade de estruturas de sustentação caras e de cabos longos.

O sistema pode ser usado em locais públicos e residências e pode, em última instância, se tornar uma fonte adicional e rápida de energia limpa, diminuindo a dependência da rede elétrica comercial.

Como não possui partes externas móveis, o equipamento é seguro para crianças, animais de estimação e animais selvagens, como pássaros.

Vantagens do gerador eólico portátil

  • Pode ser instalado em telhados, muros, coberturas de edifícios ou até motor homes. Não só em grandes terrenos.
  • Não é um perigo par pássaros, pessoas nem outros animais, pois não tem hélices cortantes e externas.
  • Produz 3 vezes mais energia do que uma turbina eólica convencional, de grande porte.
  • Capta ventos de qualquer direção.
  • Fácil de transportar e instalar, sem precisar de caminhões ou cabos de energia muito longos.

A startup está em busca de apoio financeiro para o projeto, que ainda está em fase de testes mas que tem um enorme potencial.

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br/turbina-eolica-sem-pas-portatil-para-espacos-urbanos-pode-revolucionar-a-geracao-da-energia-renovavel-no-mundo/amp/

Vigas de plástico superam vigas de concreto e de aço

Eis aqui, como INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, um bom aproveitamento para o poluente plástico! Uma matéria publicada exatamente no site Inovação Tecnológica (https://www.inovacaotecnologica.com.br), em 12.03.2021.

Vigas de plástico superam vigas de concreto e de aço

As vigas são fabricadas em pequenas peças, que são montadas no local da construção.
[Imagem: UPV]

Vigas impressas em 3D

Engenheiros da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, criaram uma nova técnica para fabricar vigas que promete revolucionar a engenharia civil, a arquitetura e o setor de construção como um todo.

As vigas são fabricadas em pequenos blocos, facilmente transportáveis, que são posteriormente montados no local de uso, como se fossem blocos de Lego.

Em lugar dos bem-conhecidos aço e concreto, as vigas são fabricadas de plástico por meio de impressoras 3D.

As vigas são reforçadas com elementos que garantem a rigidez da estrutura, sem usar nenhum componente metálico.

Vigas de plástico na construção civil

As vantagens da técnica, segundo seus idealizadores, são várias: As vigas pesam até 80% menos que vigas de concreto ou metálicas, o que significa que não são necessários guindastes ou caminhões pesados para transportá-las e instalá-las; economizam tempo e dinheiro em mão de obra e materiais; e podem ser impressas e montadas na obra, o que facilita sua instalação em qualquer lugar, por mais difícil que seja o acesso.

Além disso, o processo utiliza plástico reciclado como matéria-prima, dando uma nova vida a este produto e contribuindo para uma construção mais sustentável.

“Nosso objetivo era propor uma alternativa às atuais vigas de concreto armado. Elas são feitas com perfis construídos ao longo do comprimento da peça, que exigem instalação cara e são de difícil transporte,” contou o professor José Ramón Albiol, coordenador da equipe.Vigas de plástico superam vigas de concreto e de açoO segredo da resistência das vigas de plástico reciclado está em sua estrutura alveolar.
[Imagem: UPV]

Estrutura alveolar

A base do sistema está na estrutura interna dos perfis poliméricos.

“É uma estrutura alveolar, que permite diminuir a quantidade de plástico utilizado – e, portanto, seu peso – mantendo a rigidez estrutural,” explicou Albiol.

Essa estrutura alveolar foi inspirada nos ossos humanos ao redor da epífise, onde há uma camada de osso esponjoso com disposição trabecular – a estrutura alveolar – e uma camada externa mais espessa de osso compacto.

“É isso que transferimos para estas vigas revolucionárias, especificamente para os seus perfis. É um sistema natural muito inteligente e a sua reprodução nestas vigas tira proveito dele, com um baixo peso estrutural e capacidade mecânica muito elevadas,” completou Albiol.

Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=vigas-plastico-superam-vigas-concreto-aco&id=010170210312#.YFClO1VKjIV

PAPIRO DE 3,5 MIL ANOS É O MAIS ANTIGO A DETALHAR MUMIFICAÇÃO NO EGITO = Papyrus Manuscript Dating Back 3,500 Years Holds the Oldest Guide to Mummification

To read in English please type or go to https://www.news18.com/news/buzz/papyrus-manuscript-dating-back-3500-years-holds-the-oldest-guide-to-mummification-3502277.html (Papyrus Manuscript Dating Back 3,500 Years Holds the Oldest Guide to Mummification)

Aos fascinados por arqueologia, segue mais uma interessante e intrigante matéria (tempo estimado de leitura: 2 minutos). Manuscrito estudado por especialistas da Universidade de Copenhaguen e do Museu do Louvre revela ingredientes utilizados no processo, em especial aqueles aplicados na face

Entre as figuras mais emblemáticas da cultura do Egito Antigo estão as múmias. Apesar disso, poucos são os detalhes conhecidos sobre a mumificação, considerada uma arte sagrada. Estudiosos acreditam que apenas alguns egípcios possuíam conhecimento do processo e que a tradição era transmitida oralmente.

Até pouco tempo atrás, somente dois textos sobre mumificação haviam sido identificados e, por isso, egiptólogos da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, ficaram surpresos ao encontrarem, em escritos voltados principalmente para fitoterapia e inchaços da pele, um pequeno manual sobre embalsamamento.

SAIBA MAIS

Por ter sido descoberto em uma parceria com o Museu do Louvre, em Paris, o manuscrito foi nomeado como Papiro Louvre-Carlsberg. Ele é datado de aproximadamente 1450 a.C, sendo o mais antigo sobre mumificação já descoberto. “Muitas descrições sobre técnicas de embalsamamento encontradas nesse papiro foram deixadas de fora dos dois escritos mais recentes e elas são extremamente detalhadas”, diz, em nota, Sofie Schiødt, egiptóloga à frente da investigação. “O texto parece ter sido feito para especialistas que precisavam lembrar detalhes, como receitas de unguentos e usos de vários tipos de bandagens”, afirma.

O processo de embalsamamento era realizado perto do túmulo e dividido em dois períodos principais, cada com com 35 dias: secagem e embrulhamento. Durante a primeira etapa, o corpo era purificado e os órgãos, removidos. No quarto dia, ocorria o tratamento com natrão seco. A segunda fase tinha como objetivo envolver o corpo em ataduras e substâncias aromáticas. Com os embalsamadores trabalhando a cada quatro dias, a múmia estava pronta no 68º dia e, então, era colocada no caixão, momento sucedido de outras atividades que preparavam o indivíduo para a vida após a morte.

“Um ritual de procissão marcava esses dias em que era celebrado o progresso de restauração da integridade corporal, somando 17 procissões durante o processo de embalsamamento. Nos intervalos de quatro dias, o corpo era coberto com tecido e com palha infundida com aromáticos para afastar os insetos e necrófagos”, detalha Schiødt.

Para a pesquisadora, uma das informações mais interessantes retiradas do papiro está relacionada ao ato de embalsamar o rosto da pessoa morta. “Nós conseguimos uma lista de ingredientes de um medicamento que consistia principalmente em substâncias aromáticas de base vegetal e aglutinantes que eram cozidos em um líquido, com os quais os embalsamadores revestiam um pedaço de linho vermelho. O tecido era, então, aplicado no rosto do cadáver a fim de envolvê-lo em um casulo protetor fragrante e antibacteriano. Este processo era repetido em intervalos de quatro dias”, explica.

Apesar desse procedimento nunca ter sido identificado em pesquisas, egiptólogos já haviam examinado várias múmias do mesmo período do Papiro Louvre-Carlsberg e notaram que os rostos estavam cobertos de tecido e resina – características que correspondem aos elementos mencionados no manuscrito. 

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2021/03/papiro-de-35-mil-anos-e-o-mais-antigo-detalhar-mumificacao-no-egito.html

OPORTUNIDADE: Países Baixos abrem inscrições para bolsas de estudo exclusivas para brasileiros

Com um dos melhores sistemas de ensino superior do mundo, os Países Baixos oferecem anualmente bolsas de estudos para brasileiros através do programa Orange Tulip Scholarships. As inscrições para o ano letivo de 2021/2022 já estão abertas para estudantes de graduação, pós-graduação ou MBA.

Mais de 20 universidades holandesas participam do programa, oferecendo opções de bolsas para cursos das áreas de Artes, Ciências Biológicas, Saúde, Exatas, Tecnológicas e Humanas, incluindo alguns voltados à arquitetura e planejamento urbano – todos ministrados em inglês.

Cada instituição tem uma data limite específica para a inscrição que pode ser conferida no site da Nuffic Neso Brazil, fundação responsável pelo programa aqui no Brasil. Os interessados em se inscrever devem comprovar bom desempenho acadêmico, conhecimentos avançados na língua inglesa e atender os requisitos específicos da instituição de ensino superior holandesa de seu interesse.

São mais de 60 bolsas de estudos oferecidas a estudantes brasileiros, entre elas, o short degree, modalidade na qual o último ano da graduação é feito na Holanda. Os valores podem chegar até 25 mil euros anuais e, em alguns casos, a universidade pode cobrir custos adicionais, como por exemplo, gastos com visto e seguro de vida.

Atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha em número de instituições de ensino superior na lista das 200 melhores segundo o ranking Times Higher Education, os Países Baixos são, atualmente, um dos melhores destinos do mundo para estudantes de graduação e pós-graduação.

Universidades do Orange Tulip Scholarship Brasil 2021

Prazo – 1º de Abril de 2021

Amsterdam University of the Arts – The Reinwardt Academy 
Amsterdam University of the Arts – Academy of Theatre and Dance 
Avans University of Applied Sciences 
Fontys University of Applied Sciences
HAN University of Applied Sciences
Hanze University of Applied Sciences (MIBM/MBA)
Institute for Housing and Urban Development Studies (IHS) of Erasmus University Rotterdam
Institute of Social Studies (ISS) of Erasmus University Rotterdam
Maastricht University 
Saxion University of Applied Sciences 
The Hague University of Applied Sciences
Tilburg University
University of Amsterdam – Business School (MBA)
University of Groningen – Faculty of the Arts
University of Groningen & University of Medical Center Groningen
University of Twente
Wageningen University & Research
Wittenborg University of Applied Sciences

Prazo – 1º de Abril/Maio de 2021 (cursos diferentes com datas diferentes)

Nyenrode Business University

Prazo 1º de Maio de 2021

TIAS Business School
Maastricht School of Management

FonteConexão Planeta e Romullo Baratto em https://www.archdaily.com.br/br/957953/paises-baixos-abrem-inscricoes-para-bolsas-de-estudo-exclusivas-para-brasileiros?utm_medium=email&utm_source=ArchDaily%20Brasil&kth=830,995

Estudo com 100 países confirma impacto da liberdade econômica na produção científica

Eu, Frederico, confesso que é um imenso orgulho poder publicar essa matéria no Blog, de um artigo que ainda não foi publicado! Conheço pessoalmente o Prof. Marcelo e espero podermos publicar juntos muito em breve.

Um novo estudo feito por um pesquisador brasileiro com dados de 100 países acaba de demonstrar, de forma direta, a correlação entre liberdade econômica e a qualidade da produção científica. Prof. Dr. Marcelo Hermes-Lima, do Instituto de Biologia da – Universidade de Brasília (UnB) e consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cruzou duas bases de dados em seu levantamento. A primeira, a da mais recente edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, que avalia itens como a carga tributária e as regras trabalhistas. A outra, a lista da respeitada plataforma Scimago, que mede a quantidade de citações por artigo científico (paper) – esse critério é o mais adequado para avaliar a qualidade da produção científica porque o simples volume de artigos pode ser enganoso.

Recentemente, o professor havia feito um levantamento semelhante, mas incluindo apenas ex-repúblicas soviéticas. No novo estudo, ele levou em conta todos os países com pelo menos 800 artigos acadêmicos no ano de 2018. A lista inclui exatamente 100 nações. Em seguida, Hermes-Lima fez o que os estatísticos chamam de “regressão” para medir a correlação entre a liberdade econômica e o impacto dos artigos científicos produzidos em cada país. O resultado encontrado pelo professor é pouco surpreendente, e ainda assim relevante: a correlação entre liberdade econômica e impacto da produção acadêmica é significativa. Para ser mais preciso, a correlação é de 30% (r2=0,30), o que significa que a liberdade econômica explica quase um terço da relevância de um país no campo da ciência.

A pesquisa do professor da UnB, ainda a ser publicada, evidencia que, embora a liberdade econômica seja um fator de grande importância para a qualidade da produção científica, por si só ela não basta: existem exemplos de países que, mesmo com uma liberdade econômica razoável, obtém maus resultados na ciência – e há até mesmo exemplos no sentido contrário.

A Indonésia, por exemplo, se destaca negativamente no gráfico produzido pelo professor. Levando em conta a posição do país no Índice de Liberdade Econômica, o natural seria esperar um desempenho muito superior. Mas o que se vê é uma performance abaixo da média: o país teve uma média de apenas 1, 22 citações por paper publicado em 2018. Hermes-Lima explica: “A Indonésia está fazendo o que o Brasil fez uns anos atrás, que é obrigar os alunos a publicarem muito. Assim, o impacto por paper despenca.” O professor afirma que, recentemente, os órgãos de fomento à pesquisa no Brasil têm voltado a priorizar a qualidade em vez da quantidade. Além da consequência óbvia de que pesquisas de baixa relevância acabavam sendo financiadas pelo contribuinte, o modelo anterior acabava pulverizando os recursos e prejudicando os pesquisadores que se dedicavam a estudos mais complexos e que exigiam mais investimento – justamente os que têm grande potencial de impacto científico.

Liberdade econômica e impacto científico

Países em melhor colocação em ranking de liberdade econômica tendem a ter pesquisas com maior impacto científico

CPP: nº médio de citações por artigo

Fonte: Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation e dados de citações por artigo científico da plataforma Scimago. Mais infográficos

O Panamá, por outro lado, é a antítese da Indonésia. Apesar de não se destacar no critério da liberdade econômica, o país obtém bons resultados na pesquisa científica: obteve 5,97 citações por paper em 2018, muito acima do Brasil (cujo índice ficou em 2,4). Uma das explicações para o bom desempenho do país da América Central é seu alto índice de internacionalização, o que ajuda a dar relevância à pesquisa: “Em 2018, quase 90% dos artigos do Panamá tinham colaboração internacional, com coautores de outros países. Isso é um dos segredos da melhora na ciência panamenha”, afirma Hermes-Lima. A produção brasileira ainda sofre com a falta de colaboração internacional, e as diferenças linguísticas não ajudam. “Em torno de 28% dos artigos brasileiros são em português. Isso faz o impacto do Brasil cair um pouco, embora não explique porque o desempenho do país é tão ruim”, afirma o pesquisador.

Indonésia e Panamá são exceções relevantes e que merecem ser analisadas – mas, ainda assim, exceções. Para o Brasil, que patina tanto no Índice de Liberdade Econômica quanto nas avaliações que medem a qualidade da produção científica, o professor não tem dúvida que o caminho mais garantido talvez seja o da abertura econômica de forma a promover a inovação e incentivar o progresso, criando um ciclo virtuoso que tem efeitos positivos também sobre o ambiente acadêmico.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/estudo-100-paises-impacto-da-liberdade-economica-na-producao-cientifica/

MADEIRA TRANSPARENTE SUPERA O VIDRO EM RESISTÊNCIA E ISOLAMENTO TÉRMICO = Solar-assisted fabrication of large-scale, patternable transparent wood

Madeira transparente supera o vidro em resistência e isolamento térmico

O processo mais simples deixa a madeira transparente em uma hora de exposição ao Sol.
[Imagem: Qinqin Xia et al. – 10.1126/sciadv.abd7342]

To read in English go to or type: https://advances.sciencemag.org/content/7/5/eabd7342

Esse interessante artigo trata de Inovação em Tecnologia da madeira cuja matéria foi publicada em janeiro desse ano de 2021, trazendo uma grande inovação: Madeira transparente.

Nos últimos anos, a equipe do professor Liangbing Hu, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, tem feito uma verdadeira revolução na tecnologia da madeira.

Eles já criaram coisas como uma madeira que gera eletricidade sem queimar, uma madeira à prova de balas, uma madeira antichama, uma esponja de madeira e até uma madeira transparente para iluminação de interiores (acesse nos links para saber mais).

A última novidade vem justamente da área das madeiras transparentes.

Além de melhorar a transparência da madeira, a equipe conseguiu tornar o material mais leve e um isolante térmico superior em relação às janelas de vidro tradicionais.

Como deixar a madeira transparente

O processo padrão para tornar a madeira transparente envolve mergulhar o material em um tanque de clorito de sódio (um composto químico usado em alvejantes e pastas de dente) para remover um componente estrutural da madeira chamado lignina. No entanto, esse processo usa muitos produtos químicos, produz resíduos líquidos difíceis de reciclar e a madeira resultante perde muito em resistência mecânica.

A equipe então desenvolveu um método que modifica a lignina, em vez de destrui-la – a madeira continua resistente e a transparência obtida é até melhor.

A inovação foi possível porque o pesquisador Qinqin Xia descobriu que, para tornar a madeira transparente não é necessário remover toda a lignina, basta remover a parte das moléculas da lignina que lhe dão cor.

Xia começou escovando a superfície da madeira com peróxido de hidrogênio, frequentemente usado como desinfetante, e a deixou sob uma lâmpada ultravioleta projetada para simular a luz solar natural. Depois de embeber a madeira em etanol para remover qualquer sujeira remanescente, os poros da madeira foram preenchidos com epóxi transparente, uma etapa que também faz parte da fabricação da madeira transparente sem lignina.

Casa transparente

O produto final é um pedaço de madeira que permite a passagem de mais de 90% da luz solar e é mais de 50 vezes mais resistente do que a madeira transparente com a lignina completamente removida.

“A madeira transparente é mais leve e mais resistente do que o vidro. Ela poderia ser usada para janelas e telhados de sustentação,” disse o professor Hu. “Ela pode potencialmente ser usada para fazer uma casa transparente.

Bibliografia:

Artigo: Solar-assisted fabrication of large-scale, patternable transparent wood
Autores: Qinqin Xia, Chaoji Chen, Tian Li, Shuaiming He, Jinlong Gao, Xizheng Wang, Liangbing Hu
Revista: Science Advances
Vol.: 7, no. 5, eabd7342
DOI: 10.1126/sciadv.abd7342

Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=madeira-transparente-supera-vidro-resistencia-isolamento-termico&id=010160210204#.YDVXR9hKjIV

POR DENTRO DA AUTOEDUCAÇÃO

Compartilho na matéria dessa semana um pensar da psicóloga, pedagoga e pesquisadora Nivia Lanznaster, mestre em Educação, sobre Autoeducação, escrito já em formato de artigo.

RESUMO: A autoeducação renasceu nas décadas de 80 e 90 quando surgiu o EaD no Brasil. A expectativa do EaD, era uma mudança comportamental dos agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, do aluno, do professor e da instituição de ensino, esses agentes deveriam desenvolver a capacidade de ensinarem a si mesmos, através de interesses, necessidades de estudar, criação de conhecimentos e artefatos com flexibilidade para decidir quando, como e com quais conteúdos e atividades eles se engajam, para resolver problemas imediatos e reais. Passadas décadas percebem-se poucas mudanças no  comportamento e no formato pedagógico. O foco recaiu mais no desenvolvimento de tecnologias como artefato atrativo no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: Autoeducação. Brasil. Autoestudo.

1 INTRODUÇÃO

A educação brasileira vem apresentando, nas últimas décadas, desempenho decadente na avaliação mundial realizada pelo PISA  – Programa  Internacional de Avaliação de Estudantes, que compara, internacionalmente, o desempenho dos estudantes na faixa etária dos quinze anos. O PISA avalia os seguintes domínios: Leitura, Matemática, Ciências, Letramento e Competência Global. O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, em uma entrevista coletiva concedida no dia 3 de dezembro de 2019, pronunciou-se sobre o baixo desempenho dos estudantes. O ministro culpa anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT): – Não dá nem para atribuir ao Temer, que ficou muito pouco no poder. Segundo ele, a educação brasileira está estagnada: – Não houve progresso, estatisticamente. A despeito do que já foi investido, estamos de lado.

Através de minha experiência como professora e psicóloga educacional, através do método da observação, formulei os possíveis motivos do baixo desempenho dos estudantes brasileiros nas últimas décadas, vejamos alguns motivos para o baixo desempenho dos estudantes brasileiros:

  • da profissão de professor não ser atrativa e não ter reconhecimento na sociedade;
  • da formação precária de professores;
  • do currículo e material didático;
  • dos professores perderem tempo disciplinando os alunos;
  • da ênfase em práticas de dinâmicas e técnicas disciplinadoras;
  • da ênfase em dinâmicas e técnicas de relacionamento em sala de aula;
  • dos métodos adotados nas escolas;
  • da aprovação automática;
  • dos problemas de indisciplina na sala de aula;
  • e do bullying praticado contra aqueles que querem estudar.

O professor Marcelo Hermes Lima, estudioso do impacto da produção científica no Brasil, apresentou dados alarmantes: apesar da enorme quantidade de trabalhos apresentados, há baixíssimo impacto internacional. Os resultados são preocupantes e assustadores. O pesquisador encontrou deficiências de método e falta de atualização na bibliografia utilizada, como podemos conferir  em  seu  estudo. Apresentou também dados impressionantes sobre a gravidade da situação da educação e da pesquisa: o problema não é emergente, vem ocorrendo há décadas. Isso demonstra que o esforço e dinheiro públicos não dão retorno algum para a sociedade e a ciência. Acrescento à pesquisa do professor Lima a deficiência dos alunos, na prática, de autoestudo e a falta de liberdade para o professor ensinar.

 2  POR DENTRO DA AUTOEDUCAÇÃO

A autoeducação baseia-se no princípio da iniciativa própria e no método de  autorreflexão, que é a capacidade de conectar o que aprende à experiência pessoal. É, também, a capacidade de abstrair, formando independência de julgamento a partir de um conjunto de informação e conhecimento.

 A autoeducação pode ser definida como a capacidade de uma pessoa ou organização educar a si mesma. Seu conceito e métodos têm especificidades, distancia-se do sistema dependente para buscar o conhecimento. É importante dizer que a autoeducação não dispensa o docente, muito menos dispensa os conhecimentos produzidos por outras pessoas em tempo passado.

A autoeducação só pode ocorrer quando o indivíduo não só deseja encontrar respostas, mas age para alcançar seus objetivos. Assim, a cultura será parte dele, de sua personalidade, de sua bagagem, e não um mero conhecimento superficial. Para compreender melhor a autoeducação, vamos imaginar o seguinte: um grupo de pessoas está sentado à mesa para jantar. Umas estão com muita fome e outras sem apetite. Talvez nem todas concordassem com a escolha do cardápio, preferiam outro. O cardápio pode ser comparado à educação em massa. Se cada participante do jantar tivesse escolhido o seu prato preferido, seria a personalização da aprendizagem, em que cada aluno estuda conforme seus interesses e habilidades. Todos estão sentados à mesma mesa para jantar (alunos estudando em grupo), mas o processo de mastigar, degustar, engolir a comida, o tempo e o ritmo de digestão do alimento é um processo particular e privado, mesmo estando todos juntos. Assim ocorre também com a aprendizagem. Ainda que os alunos estejam em grupo ou aprendendo sozinhos,  a experiência ocorre individualmente, sendo esse é um processo subjetivo intransferível.

O autoestudo no Brasil está engatinhando por iniciativa de alguns estudiosos no assunto que estão se aprofundando na pesquisa de conceitos, práticas e resultados. Está relacionado diretamente à autonomia e a autorregulação do aprendiz e pode ser aprendizagem diretiva ou auto diretiva. Na diretiva, o educador é responsável pela gestão do processo de ensino e aprendizagem. Na aprendizagem auto – diretiva, o aprendiz toma esse papel, de forma que o educador auxilia na sustentação da atenção e na elaborar a atividade.

O método de autoeducação está dividido em três fases conforme as etapas acadêmicas que um indivíduo percorre. Elas não são rígidas e adaptam-se aos talentos e demandas de cada aluno.

 Primeira fase – De mãos dadas

São os primeiros passos para a autoeducação e corresponde à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental I (do primeiro ao quinto ano). Nesse período, cabe ao professor e aos pais, em todas as situações de ensino e aprendizagem,  a decisão de quando adotar a educação diretiva ou a auto diretiva. O professor precisa estar atento à fase de desenvolvimento da criança, seus interesses, necessidades, habilidades e competências. Para essa faixa etária, a metodologia da autoeducação é composta por etapas sucessivas de aprender a personificar o conhecimento. Personificação, diferente de personalização, é o aluno conseguir traduzir, através do seu jeito próprio, aquilo que aprendeu pelo processo psiconeurológico. Somente quando ele consegue transmitir o que aprendeu, com suas próprias palavras, podemos dizer que realmente aprendeu.

Nesta primeira etapa, as crianças precisam do professor para aprender o processo de personificação, ou seja, o professor é o ego-auxiliar. Nesta fase, a criança irá aprender através de um pro- grama, incluindo artes, atividade física, histórias dramatizadas e estudo das ciências no ambiente da natureza, estimulando o espírito de aventura, coragem, responsabilidade e iniciativa pessoal ensinando a criança a:

  •  ter interesse honesto pelo estudo;
  •  incorporar o conhecimento, exteriorizá-lo, torná-lo parte de si;
  •  aplicar o conhecimento no cotidiano;
  •   conectar o conhecimento às virtudes humanas.

A autoeducação é a alavanca para autonomia,” autonomia e conseguir fazer um projeto de vida apesar das resistências internas e externas.”

Assim, as atividades são mais diretivas: o professor ensina e estimula a autonomia da criança, permitindo que ela erre, peça ajuda e desenvolva a capacidade de perceber quais atividades pode realizar com autonomia e em quais, precisa de auxílio.

Segunda fase – Soltando as mãos

Esta fase compreende o Ensino  Fundamental II e o Ensino Médio. Aqui, cabe ao professor e ao aluno identificar quando há necessidade de adotar a prática educativa diretiva ou a auto diretiva. O professor precisa estar atento à evolução de seu aluno, e este precisa aprender a reconhecer quando consegue estudar sozinho e quando precisa pedir ajuda. O programa inclui gramática, estudo dos clássicos (conhecimento permanente para todas as épocas), matemática e ciência. O    método de reflexão pessoal forma a independência de julgamento, tornando o estudante capaz de ensinar a si mesmo. As atividades pedagógicas devem permitir ao aluno fazer elos entre o que aprende e a experiência pessoal. Ele também precisa aprender habilidades de personalização de estudo e o caminho para acessar a inteligência, que difere para cada aluno e inclui as artes de estudar, de compreender o mapa interno e de saber utilizá-lo.

Terceira fase – Caminhando com as próprias pernas

Corresponde à graduação e à pós-graduação. Nesta etapa, o aluno identifica, por si mesmo e em quase todas as situações de aprendizagem, quando adotar as práticas educativas auto diretiva e diretiva. Entretanto, só será bem-sucedido caso tenha percorrido adequadamente as etapas anteriores. Aqui, o objetivo é educar a si mesmo. Isso não significa a ausência do mestre; apenas gênios conseguem tal proeza.

Durante o Ensino Superior, o estudante já deve ter adquirido alguma categoria de ajuste do seu foco interior para poder enxergar a vida com realismo. O professor, então, deverá ser pouco diretivo: ensinar a usar os meios e recursos para buscar a verdade ou se aproximar dela através de metodologias adequadas. Assim, as atividades pedagógicas visam a tarefas de estudo individualizadas de modo que, mesmo em trabalhos de grupo, o estudante deve percorrer seu caminho para conseguir reproduzi-lo para outras pessoas.

O loop ou passos da autoeducação – inicia-se pela personalização, depois dessa etapa o estudante personifica o aprendizado e em seguida reproduz deixando um legado para as próximas gerações.

Glossário de termos pedagógicos sobre autoeducação

Expressão cognitiva e reprodutiva: representa a capacidade da pessoa conseguir expressar, do seu próprio jeito, aquilo que aprendeu, reproduzindo o conhecimento para outras pessoas.

Expressão e reprodução discente: capacidade de transmitir o conhecimento de maneira pessoal, para si mesmo e para outras pessoas.

Expressão e reprodução institucional: expressão cognitiva personalizada, criada pela própria instituição, podendo ser reproduzida para outras pessoas. É o legado cultural/cognitivo da instituição para a sociedade e para as próximas gerações.

Personalização: a personalização gira em torno das necessidades, interesses e necessidades das pessoas interesses.

Personificação: é um processo subjetivo. As funções cognitivas envolvidas na aprendizagem são privadas e associam-se às manifestações públicas, mas estas não descrevem o processo cognitivo interno de modo direto. A personificação é um processo subjetivo aliado aos objetos externos. As funções cognitivas que envolvem a personificação são: linguagem, memória, razão, atenção, inteligência, percepção, memória operacional, criatividade, consciência ampliada e emoções. Esse processo tem  a função de integrar a personalidade do aluno e o conhecimento. Assim, são integrados e unificados em função da singularidade do organismo, e para o benefício desse organismo único. Quando a pessoa consegue expressar de maneira pessoal, em qualquer lugar e espaço, aquilo que aprendeu, significa que personificou o conhecimento.

Processo cognitivo: imaginação: meio pelo qual o discurso poético abre a imaginação ao reino da possibilidade e do mito; vontade: meio pelo qual um indivíduo leva os outros à vontade de admitir uma crença; pensamento: meio pelo qual se averígua a razoabilidade da crença admitida na vontade; certeza: meio de demonstração ou certeza científica da crença admitida no pensamento dialético.

Personificação institucional: corresponde a uma formação de “personalidade” de produção e expressão cognitiva própria da instituição.

3  CONCLUSÃO

Minha pesquisa teve como temática autoeducação, com o objetivo de apresentar conceitos e práticas educativas de autoeducação. O estudo sobre autoeducação desdobrou-se no estudo secundário “conexão da autoeducação e as tecnologias”. Assim, o estudo resultou na publicação de dois livros eletrônicos e no curso sobre autoeducação e as tecnologias.

 REFERÊNCIAS

CARVALHO, O. A ciência contra a razão, 7 de janeiro de 2009. Diário do Comércio. Acesso em:  fev.  de 2020. 

 _____. A existência do “EU”, Aula 23 – Coleção História Essencial da Filosofia. São Paulo: Editora É Realizações, 2014.

_____. Aristóteles em nova perspectiva: introdução à dos Quatros Discursos, 2013. Campinas, SP: Vide Editorial, 2013.

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Disponível em: Acesso em: jun 2020.

Lanznaster, N. Autoeducação: conceitos, métodos e práticas de ensino de estudo individual [livro eletrônico] / Nivia Lanznaster. – São Paulo: Recanto das Letras, 2020, 80 p.ISBN: 978-65-86751-14-7.

LIMA, M.H. No Brasil, 80% das Pesquisas em Educação são desconsideradas pela Comunidade Acadêmica. A Gazeta do Povo, 13 de abril de 2019. Disponível em: acesso em: 20 jun. de 2020.

MEC – Ministério da Educação. Disponível em: Acesso em: 20 jun 2020.

Como Hollywood fez o mundo acreditar que as Pirâmides do Egito foram construídas por escravizados = Great Pyramid tombs unearth ‘proof’ workers were not slaves

To read in English, type or go to https://www.theguardian.com/world/2010/jan/11/great-pyramid-tombs-slaves-egypt

Nem por ETs nem por pessoas escravizadas: como pirâmides do Egito foram construídas com a mão de obra assalariada de trabalhadores locais; é para isso que apontam como evidências históricas, arqueológicas e linguísticas . Mas, ao contrário do que mostra documentos, diversas produções cinematográficas de Hollywood fomentam, há décadas, o imaginário equivocado de que as imensas obras arquitetônicas jamais foram ter sido erguidas por africanos livres .

Afinal, quem construiu as pirâmides do Egito?

Por volta de 1990, uma série de túmulos humildes para trabalhadores das pirâmides foram encontrados a uma distância surpreendentemente curta das tumbas dos faraós.

Por si só, isso já é uma das provas de que aquelas pessoas não eram escravizadas , pois, se o feito, jamais sido sepultadas tão perto dos soberanos.

Lá dentro, os arqueólogos descobriram todos os bens incluídos para que os trabalhadores das pirâmides pudessem seguir pela passagem para a vida após a morte. Tal benesse também não seria concedida caso eles fossem escravizados.

Entre outras constatações, pesquisadores também aparecem hieróglifos documentais escritos por trabalhadores dentro de blocos que fazem parte das pirâmides.

Nesses registros, os arqueólogos conseguiram identificar nomes de gangues de trabalho que dão dicas sobre a origem dos trabalhadores, sobre como eram suas vidas e para quem trabalhavam.

Dentro dos escombros, os estudiosos também descobriram extensos vestígios de refeições feitas pelos responsáveis ​​por erguer como pirâmides, que comiam alimentos como pão, carne, gado, cabra, ovelha e peixe.

Por outro lado, ampla evidência de cobrança de impostos sobre o trabalho em todo o Egito Antigo. Isso leva alguns pesquisadores a sugerirem que os trabalhadores podem ter feito rodízio em turnos de construção, como uma forma de serviço nacional.

De qualquer maneira, também não está claro se isso significa que os trabalhadores foram coagidos.

Mitos hollywoodianos sobre o Egito

Há duas origens mais prováveis ​​para o mito de que as pirâmides do Egito foram construídas por escravizados.

O primeiro deles diz respeito ao historiador grego Heródoto (485 a.C.- 425 a.C.), que por vezes é chamado de “pai da história“, e por outras é apelidado de “pai das mentiras“.

Ele alegou ter visitado o Egito e escreveu que as pirâmides foram construídas por escravizados, mas, na verdade, Heródoto viveu milhares de anos após a construção das edificações, que datam por volta de 2686 a 2181 a.C.

A segunda provável origem do mito vem da longa narrativa judaico-cristã de que os judeus foram escravizados no Egito, conforme transmitido pela história de Moisés no livro bíblico do Êxodo.

Mas onde Hollywood entra nessa história? Tudo começou com o filme “Os Dez Mandamentos“, do cineasta norte-americano Cecil B. DeMille (1881 – 1959).

Originalmente lançado em 1923 e, depois, refeito em 1956, o longa retratava uma história em que israelitas escravizados eram forçados a construir grandes edificações para os faraós.

Já em 2014, o filme “Exodus: Gods and Kings“, dirigido pelo britânico Ridley Scott, retratou o ator inglês Christian Bale como Moisés libertando os judeus da escravidão enquanto construíam as pirâmides egípcias.

O Egito proibiu o filme, alegando “imprecisões históricas”, e seu povo tem se posicionado repetidamente contra os filmes de Hollywood que repetem narrativas bíblicas sobre judeus construindo cidades do país africano.

Até mesmo a famosa animação “O Príncipe do Egito“, lançada pela Dreamworks em 1998, recebeu críticas significativas por conta de representações de Moisés e de judeus escravizados em prol da construção das pirâmides.

A verdade é que os arqueólogos nunca encontraram evidências para as histórias bíblicas de que o povo israelense foi mantido preso no Egito. E, mesmo que judeus estivessem no Egito naquela época, é extremamente improvável que eles tivessem construído as pirâmides.

Chamada de Pirâmide de Ahmose, a última pirâmide foi construída há cerca de 3.500 anos. Isso foi centenas de anos antes de os historiadores documentarem a primeira aparição do povo israelense e de judeus no Egito.

Portanto, embora os arqueólogos ainda tenham muito a aprender sobre as pessoas que construíram como pirâmides e como o trabalho foi organizado e combinado, é fácil descartar esse equívoco básico.

As pirâmides foram, de acordo com todas as evidências históricas até então, construídas por egípcios.

Com informações do site ” Revista Discover “.

Fonte: https://www.hypeness.com.br/2021/02/piramides-do-egito-como-foram-construidas/